sábado, 23 de agosto de 2014

Tomada de decisões (recuperação ÁLCOOL/DROGAS)

"Antes de deixarmos as drogas, quase todas as nossas ações eram guiadas por impulsos. Hoje, não estamos presos a este tipo de pensamento."

A vida é constituída por uma série de decisões, ações, e consequências. Quando usávamos, as nossas decisões eram geralmente guiadas pela nossa doença resultando em ações autodestrutivas com consequências graves. Isso levou-nos a considerar as tomadas de decisão como um jogo viciado, que deveríamos evitar o mais possível. Muitos de nós têm, por isso, grande dificuldade de aprender a tomar decisões em recuperação. Lentamente, ao trabalharmos os Doze Passos, ganhamos prática na tomada de decisões saudáveis, que deem resultados positivos. Onde antes a nossa doença afetava a nossa vontade e as nossas vidas, pedimos agora ao nosso Poder Superior que cuide de nós. Fazemos um inventário dos nossos valores e das nossas ações, partilhamos isso com alguém em quem confiemos, e pedimos ao Deus da nossa concepção que remova as nossas limitações. Ao praticarmos os passos ficamos libertos da influência da nossa doença, e aprendemos princípios, de tomada de decisões, que poderão guiar-nos em todas as áreas das nossas vidas. Hoje, as nossas decisões e as suas consequências não precisam de ser influenciadas pela nossa doença. A nossa fé dá-nos a coragem e a direção para tomarmos boas decisões e a força para as pormos em prática. O resultado desse tipo de tomada de decisão está numa vida que vale a pena ser vivida.

Problemas com Álcool ou Drogas?


TEM UM DEPENDENTE QUÍMICO PRÓXIMO A VOCÊ E NÃO SABE O QUE FAZER, NÃO SE DESESPERE, PODEMOS COM TODA CERTEZA AJUDA-LO!


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Enfrentar a morte


"Por vezes temos de encarar uma qualquer crise na nossa recuperação, tal como a morte de alguém que gostávamos ..."
As nossas vidas têm um princípio e um fim. Todavia, quando alguém de quem gostamos muito chega ao fim da sua vida, poderemos sentir uma grande dificuldade em aceitar a sua falta súbita e permanente. A nossa dor poderá ser tão poderosa que receamos que ela seja demais para nós - mas não será assim. A nossa mágoa poderá doer mais do que qualquer outra coisa, mas irá passar. Não precisamos de fugir das emoções que possam surgir com a morte de alguém querido. A morte, e a dor ligada a ela, são parte de um todo, que é viver "a vida tal como ela é". Ao nos permitirmos a liberdade de experimentar estes sentimentos, usufruímos mais profundamente tanto da recuperação como da nossa natureza humana. Por vezes a realidade da morte de outra pessoa torna a nossa própria mortalidade muito mais pronunciada. Reavaliamos as nossas prioridades, apreciando ainda mais a companhia daqueles que amamos. A nossa vida, e a nossa vida com eles, não irá durar para sempre. Queremos aproveitar ao máximo aquilo que é mais importante, enquanto durar. Poderemos descobrir que a morte de alguém que nos é querido ajudará a reforçar o nosso contato consciente com o nosso Poder Superior. Se nos lembrarmos de que podemos virar-nos para essa fonte de força sempre que enfrentemos dificuldades, manter-nos-emos concentrados nela não importa aquilo que se passe à nossa volta.

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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Recuperar dos comportamentos adictivos é:



Entregar..., partilhar..., seguir sugestões..., arriscar... sonhar... cometer erros e aprender com eles..., tomar decisões, é confiar..., pertencer..., realização pessoal..., dar e receber (abraços)..., fazer afirmações positivas..., auto-avaliação..., discordar..., sorrir (gargalhadas)..., produzir e descansar... chorar...viver um dia de cada vez..., ser diferente... dormir... tratar do físico...alimentação saudável... gostar de si próprio...é meditar...


Ser corajoso/a..., ser humilde..., ser honesto/a..., ser responsável..., ser pai/mãe..., filho/a..., marido e mulher..., ser membro de família..., ser falível..., ser um “exemplo” para os outros..., ser feliz..., ser realista..., ser assertivo/a..., ser tolerante..., ser bondoso/a, sentir aprovação, ser divertido/a..., ser parceiro/a ...ser genuíno/a...ser resiliente...,

Ter fé e esperança..., ter família..., ter amigos/as..., ter planos e objetivos..., ter auto-estima..., ter segurança..., ter um propósito e um sentido na vida..., ter limites saudáveis nas relações..., ter orgulho saudável (dignidade)...,ter dinheiro..., ter trabalho..., ter sexo e intimidade..., ter tempo livre...ter gratidão...ter motivação...ter ética...ter uma comunidade... ter intuição...ter alimento...

Estar confuso/a..., estar com medo..., estar com raiva e ressentido/a..., estar desconfortável..., estar ambivalente e desconfiado/a..., inseguro/a e desiludido/a..., estar magoado/a..., estar com auto piedade, estar desorganizado/a e descontrolado/a...

Sentir vergonha e culpa..., sentir rejeição e frustração..., sentir solidão e inadequação..., sentir perda e o luto...sentir embaraço..., sentir tristeza e magoa...,

Recuperação é Ser..., é Ter..., é Estar e Sentir...viver a vida plena, tal como é.

Quando nascemos recebemos este dom e esta benção da própria natureza.

Só os que desenvolvem a capacidade de se adaptar e resistir a adversidade é que conseguem ter sucesso e usufruir da espiritualidade. Somos os “arquitetos” do nosso destino.

A vida tem um fim...

Imagine este cenário e responda às questões:
Você está dentro do caixão, no seu próprio velório, morto, claro!!...
Quais os comentários que ouve das pessoas sobre si?! Sobre as suas características (qualidades e defeitos) enquanto estive vivo.

Está satisfeito/a com a sua vida (recuperação) agora?!


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Só por hoje: Primeiro as primeiras coisas



É costume dizer-se que recuperar é simples - só temos de mudar tudo! Isso pode parecer um pedido demasiado grande, especialmente quando acabamos de chegar a Narcóticos Anônimos. Afinal de contas, não houve muitos de nós que tenham vindo à primeira reunião porque as suas vidas estavam em excelente forma. Pelo contrário, um grande número de nós chegou à NA no meio de uma das piores crises das suas vidas. Precisávamos de recuperar, e depressa! A dimensão das mudanças necessárias nas nossas vidas pode paralisar-nos. Sabemos que não podemos tratar de tudo o que é preciso de uma só vez. Como começar? Se calhar até já começamos. Fizemos as primeiras coisas, as mais óbvias que precisavam de ser feitas: paramos de usar drogas e começamos a ir a reuniões. E a seguir? Temos de fazer mais ou menos o mesmo, só que em maior quantidade. Fazemos aquilo que podemos. Prosseguimos o caminho da recuperação pondo um pé à frente do outro e dando mais um passo. Só depois é que deveremos preocupar-nos com o que venha a seguir. Devagar, mas com segurança, veremos que estamos a avançar nesse caminho, visivelmente a aproximarmo-nos do tipo de pessoa que desejamos ser.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Só por hoje: Recuperação em primeiro lugar.


As reuniões têm sido ótimas! Em todas elas temos estado com outros adictos que partilham experiência, força e esperança. E em cada dia pomos em prática aquilo que aprendemos nas reuniões para nos mantermos em recuperação. A vida, entretanto, continua. O trabalho, a família, os amigos, os estudos, o desporto, os divertimentos, as atividades comunitárias, as obrigações cívicas - tudo isto exige o nosso tempo. As exigências do dia-a-dia levam-nos, por vezes, a perguntar, "Durante quanto tempo é que ainda vou ter de ir a estas reuniões?" Vamos parar para pensar. Antes de chegarmos a Narcóticos Anônimos, alguma vez conseguimos manter-nos limpos sozinhos? O que é que nos leva a pensar que o conseguiremos agora? Depois há que considerar a própria doença - o egocentrismo crônico, a obsessão, os padrões de comportamento compulsivos que se manifestam em tantas áreas das nossas vidas. Conseguiremos viver e gozar a vida sem tratarmos realmente da nossa doença? Não. As pessoais "normais" poderão não ter de se preocupar com estas coisas, mas nós não somos pessoas "normais" - somos adictos. Não podemos fingir que não temos uma doença progressiva e fatal, pois a verdade é que a temos. Sem o nosso programa, poderíamos nem estar vivos, e então não nos teríamos de preocupar com as exigências do trabalho, dos estudos, da família, ou de fosse o que fosse. As reuniões de NA dão-nos o apoio e a direção de que precisamos para recuperar da nossa adicção, permitindo-nos viver vidas o mais preenchidas possível.

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sábado, 16 de agosto de 2014

Só por hoje: Progressão ou regressão

O nosso estado espiritual nunca é estático; se não estiver a progredir, está a regredir. Se estivermos parados, o nosso progresso espiritual perderá a sua dinâmica ascendente. A pouco e pouco o nosso crescimento irá abrandar, até parar. A nossa tolerância começa a esgotar-se; a nossa vontade de servir os outros desaparece; as nossas mentes fecham-se. Em breve estaremos de volta ao ponto de partida, em conflito com tudo e todos à nossa volta, incapazes de lidar até connosco próprios. A nossa única escolha é participarmos activamente no nosso programa de crescimento espiritual. Rezamos, procurando uma compreensão de um Poder superior a nós mesmos. Abrimos as nossas mentes e mantemo-las abertas, dispostos a aprender a aproveitar aquilo que os outros tenham para partilhar connosco. Demonstramos a nossa boa-vontade para experimentar novas ideias e maneiras de fazer as coisas, vivendo a vida de uma forma inteiramente diferente. O nosso progresso espiritual ganha velocidade e dinâmica, guiado pelo Poder Superior que viemos a compreender melhor de dia para dia. Progredir ou regredir - só há uma escolha, com muito pouco pelo meio, no que diz respeito ao crescimento espiritual. Já vimos que a recuperação não é alimentada por sonhos ou desejos, mas sim por actos e por orações. 

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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Negar a realidade significa agravar os sintomas

Negar a realidade significa agravar os sintomas
  
Sabia que uma parte significativa das pessoas com comportamentos adictivos (drogas, álcool, jogo, distúrbio alimentar, sexo, codependência, compras, furto) retardam um tempo considerável, em alguns casos décadas, até finalmente reconhecerem que perderam o controlo das suas vidas? Derivado a um conjunto complexo de factores, onde podemos destacar os mecanismos defesa psicológicos (por exemplo a negação, a ambivalência), ficam incapacitados de interromper o comportamento problemático, associado à procura do prazer intenso (excitação, bem estar, alivio) mesmo com a consciência dos danos e consequências associadas à adicção. A Adicção é uma doença primária, não é um sintoma de outro tipo de doença.

Quando o passado (memorias) se torna um "peso" intolerável e esmagador é necessário um plano de emergência, para o presente. É um desperdício de tempo e energia reparar algo, do passado, no presente que na realidade é irreparável. O tempo não pára ou volta para trás, mas a adicção pode afectar e comprometer seriamente o individuo com consequências trágicas.

Muitas das pessoas que pedem ajuda, para os comportamentos adictivos, o seu nível de motivação é significativamente reduzido, porque consideram que não é algo divertido. Consideram ser assustador pensar que devem preocupar seriamente com o comportamento problema em questão, na prática, se preocuparem pode significar responsabilidade pela mudança e pelo compromisso. É do senso comum que a dor faz parte do desenvolvimento das nossas competências e talentos, todavia, fugimos dela; negando, iludindo, justificando, racionalizando e mentindo. Por vezes, nem sequer reconhecemos que estamos a mentir, a nós mesmos, auto ilusão.  

  • Evite o consolo no prazer imediato (drogas, e/ou comportamentos adictivos), evite culpar os outros de coisas que eles, na realidade, não são culpados. Evite a autopiedade e desafie o seu ego (dogmático).
  • Procure as respostas às suas dúvidas e questões dentro de si mesmo, através do auto conhecimento.
  • Procure alternativas recompensadoras para se mimar.
  • Procure pessoas genuínas e honestas. Se você está doente, faça aquilo que a maioria das pessoas doentes faz, procure apoio, a fim de interromper a progressão da doença e iniciar a sua recuperação.
publicado por João Alexandre Rodrigues

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Só Por Hoje - NÃO É DE UM DIA PARA O OUTRO


Já alguma vez, ao celebrares um aniversário de recuperação, tiveste a sensação de que devias estar mais avançado na recuperação do que estás? Talvez tenhas ouvido recém-chegados partilharem em reuniões, membros com muito menos tempo limpo, e pensado, "Mas só agora é que começo a perceber do que é que eles estão a falar!" É estranho que entremos em recuperação a julgar que iremos sentir-nos óptimos de um dia para o outro, ou que nunca mais iremos ter dificuldades a lidar com os problemas da vida. Julgamos que vamos recuperar logo dos nossos problemas físicos, que os nossos pensamentos vão tornar-se logo racionais, e que uma vida espiritual saudável vai manifestar-se de um dia para o outro. Esquecemo-nos de que passámos anos a abusar dos nossos corpos, a adormecer as nossas mentes, e a reprimir a consciência de um Poder Superior. Não podemos sarar essas feridas num só dia, todavia, podemos pôr em prática mais um passo, ir a mais uma reunião, ajudar mais um recém-chegado. Saramos e recuperamos pouco a pouco - não é de repente, mas com tempo. 

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

SEXTO PASSO - Detalhado

PASSO SEIS 

“Prontificamo‐nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos estes defeitos de caráter.”

Por que pedir uma coisa, antes de estarmos prontos para ela? Isto seria pedir problemas. Quantas vezes os adictos buscaram as recompensas de um trabalho árduo, sem fazerem esforço. O que nós batalhamos no Passo Seis é a boa vontade. A sinceridade com que trabalhamos este passo será proporcional ao nosso desejo de mudar. Queremos realmente nos livrar dos nossos ressentimentos, da nossa raiva e do nosso medo? Muitos de nós se apegam aos seus medos, dúvidas, auto‐aversão ou ódio, pois há uma certa segurança distorcida na dor que nos é familiar. Parece mais seguro abraçar o que conhecemos do que abrir mão pelo desconhecido. Abrir mão dos defeitos de caráter deve ser fruto de uma decisão. Sofremos porque suas exigências nos enfraquecem. Descobrimos que não podemos escapar do orgulho com arrogância. Se não somos humildes, somos humilhados. Se somos gananciosos, descobrimos que nunca estaremos satisfeitos. Antes de fazermos os Passos Quatro e Cinco, podíamos ceder ao medo, à raiva, à desonestidade ou à autopiedade. Ceder agora a estes defeitos de caráter, obscurece nossa capacidade de pensar com lógica. O egoísmo torna‐se um grilhão intolerável e destrutivo, que nos prende aos nossos maus hábitos. Nossos defeitos sugam todo o nosso tempo e energia. Examinamos o inventário do Quarto Passo e olhamos bem o que estes defeitos estão fazendo nas nossas vidas. Começamos a ansiar pela nossa libertação destes defeitos. Rezamos ou ficamos dispostos, prontos e capazes de deixar que Deus remova estes traços destrutivos. Precisamos de uma mudança de personalidade, se quisermos nos manter limpos. Queremos mudar. Devemos entrar em contato com os velhos defeitos com a mente aberta. Estamos conscientes deles e, ainda assim, cometemos os mesmos erros e somos incapazes de cortar os maus hábitos. Procuramos, na Irmandade, o tipo de vida que queremos para nós. Perguntamos aos nossos amigos: “Você conseguiu abrir mão?” Quase sem exceção a resposta é: “Consegui, o melhor que eu pude.” Quando vemos como os nossos defeitos existem nas nossas vidas e os aceitamos, podemos abrir mão deles e prosseguir na nossa nova vida. Aprendemos que es‐tamos crescendo, quando cometemos novos erros, em vez de repetir os velhos. Quando trabalhamos o Passo Seis, é importante lembrar que somos humanos e não devemos colocar expectativas irreais em nós mesmos. Este é um passo de boa vontade. O princípioespiritual do Passo Seis é a boa vontade. O Passo Seis ajuda‐nos a caminhar numa direção espiritual. Por sermos humanos, nós nos desviaremos do caminho. A rebeldia é um defeito de caráter que nos assalta neste ponto. Não precisamos perder a fé quando ficamos rebeldes. A rebeldia pode provocar indiferença ou intolerância que poderão ser superadas, através de um esforço persistente. Continuamos pedindo boa vontade. Podemos duvidar que Deus ache justo nos aliviar, ou podemos achar que algo vá dar errado. Perguntamos a outro membro, que nos diz: “Você está exatamente onde deveria estar.” Novamente, nós nos prontificamos a deixar que nossos defeitos sejam removidos. Nós nos rendemos às simples sugestões que o programa nos oferece. Mesmo não estando inteiramente prontos, estamos caminhando na direção certa. A fé, humildade e aceitação acabarão por substituir o orgulho e a rebeldia. Vimos a conhecer a nós mesmos. Descobrimos que estamos crescendo para uma consciência amadurecida. Começamos a nos sentir melhor, à medida que a boa vontade se transforma em esperança. Talvez, pela primeira vez, tenhamos uma visão da nossa nova vida. Com isto em mente, colocamos a nossa boa vontade em ação ao passarmos para o Passo Sete.

FONTE:
Os Doze Passos e as Doze Tradições reimpressos e adaptados
com autorização de AA World Services, Inc.
Tradução de literatura aprovada pela Irmandade de NA.
Copyright © 1996 by
Narcotics Anonymous World Services, Inc.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A porta mais larga do mundo

A porta mais larga do mundo


"A prudência é a filha mais velha da sabedoria".
Victor Hugo



Conta-se que um dia um homem parou na frente do pequeno bar tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta: "dois metros de altura por oitenta centímetros de largura".
Admirado mediu-a de novo.
Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim tornou a medi-la várias vezes.
Curiosas, as pessoas que por ali passavam começaram a parar.
Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão.
Voltando-se para os curiosos o homem exclamou visivelmente impressionado: "parece mentira!" Esta porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, o pão dos meus filhos; passaram também meus móveis, minha casa, tudo que possuía.
E não foram somente os bens materiais. Por ela passou minha saúde, passaram as esperanças da minha esposa, passou toda a felicidade do meu lar...
Além disso, passaram também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos, meus planos...
Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz, passaram por esta porta, dia após dia... Gole por gole.
Hoje eu não tenho mais nada... Nem família, nem saúde, nem esperança.
Mas quando passo pela frente desta porta, ainda ouço o chamado daquela que é responsável pela minha desgraça...
Ela ainda me chama insistentemente...
Só mais um trago! Só hoje! Uma dose, apenas!
Ainda escuto suas sugestões em tom de zombaria: "você bebe socialmente, lembra-se?".
Sim, essa era a senha. Essa era a isca. Esse era o engodo. E mais uma vez eu caia na armadilha dizendo comigo mesmo: "quando eu quiser, eu paro".
Isso é o que muitos pensam, mas só pensam...
Eu comecei com um cálice, mas hoje a bebida me dominou por completo.
Hoje sou um trapo humano... E a bebida, bem, a bebida continua fazendo suas vítimas.
Por isso é que lhes digo senhores: esta porta é a porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muita gente...
Por esta porta, que pode ser chamada de porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida.
Hoje eu sei dos malefícios do álcool, mas muita gente ainda não sabe. Ou, se sabe, finge que não, para não admitir que esteja sob o jugo da bebida.
E o que é pior, tem esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do próprio lar, à disposição dos filhos.
Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a vida destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.
Visivelmente amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos, deixando a cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas reflexões.
Nossos problemas podem não ser com as mesmas coisas, mas enfrentamos as mesmas dificuldades para nos libertarmos deles...
Existe cura! Existe tratamento!
O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conseguires o que desejas. Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor. Não desista... Acredite! Lute!


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MENSAGEM AO DEPENDENTE QUÍMICO



MENSAGEM AO DEPENDENTE QUÍMICO

Conta-se certa lenda, que dois sabiás sobrevoavam um bosque. A sabiá mãe falava ao filho sobre o fato maravilhoso de uma ave poder voar elevada nas alturas. O pequeno pássaro, todavia, em sua inexperiência, não escutava com atenção as explicações de sua mãe, porque ouvia ao longe o tilintar de um campainha. Curioso, desceu à relva onde descobriu a origem daquele som. Era produzido pela sineta de um carrinho de mão, conduzido por um anãozinho que gritava: "VENDO MINHOCAS". "DUAS MINHOCAS POR UMA PENA". O pequeno sabiá gostava muito de minhocas e, sem pensar, tratou logo de arrancar uma pena de suas asas, e a trocou por duas minhocas. No dia seguinte repetiu a troca, e assim foi por algum tempo.
Chegou, porém, o momento em que o pequeno pássaro bateu suas asinhas, tentando alçar vôo, para retornar ao seu ninho, mas não conseguiu. ESTAVA PRESO A TERRA. Havia trocado a sua liberdade por um punhado de minhocas. Há muitas coisas neste mundo que nos atraem e seduzem. Quantas pessoas já trocaram "suas penas" e também sua liberdade pelo álcool, maconha, cocaína, crack, etc. No fundo, todos os dependentes químicos pretendem preencher seu vazio existencial com as drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.
Entretanto, o processo que leva a autodestruição do homem, por si só, não tem a última palavra sobre o seu destino. Aquele que desceu a ladeira do alcoolismo ou da droga dicção e de forma especial quem tocou o limite (fundo do poço) pode muito bem recomeçar. Pode sair do mais baixo para chegar ao topo. Pode recomeçar, começando, por exemplo, a fazer a experiência de viver a verdade e deixar a mentira. O mundo do dependente químico é feito de mentiras, desculpas e justificativas.

QUEM BEBE OU USA DROGAS POR PRAZER... PRECISA SABER QUE ESTE PRAZER MATA!!!


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QUINTO PASSO - Detalhado

PASSO CINCO

“Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.”

O Quinto Passo é a chave para a liberdade. Ele permite vivermos limpos no presente. Partilhando a natureza exata das nossas falhas, somos libertados para viver. Depois de fazermosum Quarto Passo completo, lidamos com o conteúdo do nosso inventário. Dizem‐nos que, se guardamos estes defeitos dentro de nós, eles nos levarão a usar de novo. O apego ao nosso passado acabaria por nos adoecer e nos impedir de fazer parte da nossa nova maneira de viver. Se não formos honestos, quando damos o Quinto Passo, teremos os mesmos resultados negativos que a desonestidade nos trazia no passado. O Passo Cinco sugere que admitamos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas. Olhamos nossas falhas, examinamos nossos padrões de comportamento e começamos a ver os aspectos mais profundos da nossa doença. Agora, sentamos com outra pessoa e partilhamos o nosso inventário em voz alta. Nosso Poder Superior estará conosco durante o nosso Quinto Passo. Receberemos ajuda e estaremos livres para encarar a nós mesmos e a outro ser humano. Parecia desnecessário admitir a natureza exata das nossas falhas ao nosso Poder Superior. “Deus já sabe isso tudo,” racionalizamos. Embora Ele já o saiba, a admissão deve vir dos nossos próprios lábios, para que seja verdadeiramente efetiva. O Passo Cinco não é simplesmente a leitura do Passo Quatro. Durante anos, evitamos ver como realmente éramos. Tínhamos vergonha de nós mesmos e nos sentíamos isolados do resto do mundo. Agora que capturamos a parte vergonhosa do nosso passado, podemos varrê‐la das nossas vidas, se a encararmos e admitirmos. Seria trágico escrever tudo e depois jogar numa gaveta. Estes defeitos crescem no escuro e morrem à luz da exposição. Antes de virmos para Narcóticos Anônimos, sentíamos que ninguém podia compreender as coisas que tínhamos feito. Temíamos que, se alguma vez revelássemos como éramos de fato, certamente seríamos rejeitados. A maioria dos adictos sente‐se desconfortável com isto. Reconhecemos que não temos sido realistas, sentindo‐nos assim. Nossos companheiros nos compreendem. Temos que escolher com cuidado a pessoa que vai ouvir o nosso Quinto Passo. Devemos ter certeza de que ela sabe o que estamos fazendo e o porquê. Apesar de não haver regra rígida quanto à pessoa que escolhemos, é importante confiarmos nela. Só tendo total confiança na integridade e discrição da pessoa, podemos nos dispor a fazer este passo completo. Alguns de nós dão o Quinto Passo com um estranho, embora alguns de nós se sintam mais à vontade, escolhendo um membro de Narcóticos Anônimos. Sabemos que um outro adicto tem menos tendência de nos julgar com malícia ou incompreensão. Uma vez feita a escolha e a sós com essa pessoa, nós prosseguimos com o seu encorajamento. Queremos ser precisos, honestos e profundos, compreendendo que é uma questão de vida ou morte. Alguns de nós tentaram esconder parte de seu passado, tentando encontrar uma maneira mais fácil de lidar com os sentimentos mais profundos. Podemos achar que já fizemos muito, escrevendo sobre o nosso passado. É um erro que não podemos permitir. Este passo vai expor nossos motivos e nossas ações. Não podemos esperar que estas coisas se revelem sozinhas. Finalmente nossa vergonha é superada, e podemos evitar culpa futura. Nós não procrastinamos. Temos que ser exatos. Queremos contar a verdade simples, nua e crua, o mais rápido possível. Há sempre o perigo de exagerarmos nossas falhas. É igualmente perigoso minimizar ou racionalizar nosso papel em situações passadas. Apesar de tudo, ainda queremos parecer bons. Os adictos tendem a levar vidas secretas. Durante muitos anos, encobrimos a nossa pouca auto‐estima, esperando enganar as pessoas com imagens falsas. Infelizmente, enganamos a nós mesmos mais do que a qualquer outra pessoa. Embora muitas vezes parecêssemos atraentes e confiantes por fora, estávamos, na verdade, escondendo uma pessoa vacilante e insegura por dentro.Temos que abandonar as máscaras. Partilhamos o nosso inventário como ele está escrito, sem omitir nada. Continuamos abordando este passo, com honestidade e profundidade, até o fim. É um alívio enorme nos livrarmos de todos os segredos e partilharmos a carga do nosso passado. À medida que partilhamos este passo, geralmente o ouvinte também vai partilhando um pouco da sua história. Descobrimos que não somos os únicos. Vemos, através da aceitação do nosso confidente, que podemos ser aceitos como somos. Talvez nunca nos lembremos de todos os nossos erros passados. Mas podemos fazer o melhor e mais completo esforço. Começamos a experimentar verdadeiros sentimentos pessoais de natureza espiritual. Onde antes tínhamos teorias espirituais, começamos agora a despertar para a realidade espiritual. Este exame inicial de nós mesmos, geralmente, revela alguns padrões de comportamento que não apreciamos particularmente. Entretanto, encarando esses padrões e trazendo‐os para fora, temos a possibilidade de lidar com eles construtivamente. Não podemos fazer estas mudanças sozinhos. Precisaremos da ajuda de Deus, da maneira como nós O compreendemos, e da Irmandade de Narcóticos Anônimos.

FONTE:
Os Doze Passos e as Doze Tradições reimpressos e adaptados
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A maioria de nós tem uma ou duas pessoas excepcionalmente difíceis nas suas vidas. Como é que lidamos com essas pessoas em recuperação? Primeiro, tiramos o nosso próprio inventário. Será que errámos com essa pessoa? Houve alguma acção ou atitude nossa que esteja a motivar a reacção dela? Se sim, vamos querer reparar a situação, admitir que errámos, e pedir ao nosso Poder Superior que remova quaisquer defeitos que possam impedir-nos de ajudarmos e de sermos construtivos. Em seguida, como pessoas em busca de vidas orientadas espiritualmente, olhamos para o problema do ponto de vista da outra pessoa. Ela poderá estar a enfrentar algum desafio de que nós não nos tenhamos apercebido, e que lhe estará a provocar atitudes menos agradáveis. Como se costuma dizer, em recuperação procuramos "perdoar em vez de sermos perdoados, e compreender em vez de sermos compreendidos". Por fim, e se estiver ao nosso alcance, procuramos formas de ajudar os outros a ultrapassar os seus desafios, sem que isso lhes fira a dignidade. Rezamos pelo seu bem-estar e crescimento espiritual, e pela capacidade de lhes darmos o amor incondicional que tanto significado tem tido na nossa recuperação. Não podemos modificar as pessoas difíceis nas nossas vidas, nem podemos agradar a toda a gente. Mas ao aplicarmos os princípios espirituais que aprendemos em NA, podemos aprender a amá-las.

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Pensamento adictivo e o pensamento em recuperação

Menu de escolhas - pensamento adictivo e o pensamento em recuperação

A Adicção é um fenómeno transversal à nossa sociedade consumista e moralista. Paradoxalmente, uma parte significativa da nossa cultura limita e restringe o tratamento e a recuperação da Adicção através de sistemas adaptativos(capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos)e cumulativos, (modificações trazidas por uma geração que passam à geração seguinte) ex. tradições, preconceitos, estereótipos, crenças que reforçam a negação, a vergonha, o estigma e em último caso a recaída.



Enquanto crianças, não aprendemos a pensar em lista de opções (Menu Criativo). Aprendemos demasiados  Não (s), e dolorosamente, demasiados "Tens..." ou "Deves...". Aprendemos a reagir (acting out)[i] e a negar as emoções dolorosas e ou depender de pessoas e coisas de forma a satisfazer as necessidades básicas. Aprendemos a agradar aos nossos pais, às suas expectativas irreais e exigências relacionadas com o êxito. Aprendemos a agradar aos nossos professores e a seguir aquilo que está pensado pelos outros (instituído), antes de nós – o mesmo processo/medida aplica-se a todos. Mais tarde, procuramos o êxito a qualquer custo através do trabalho e do estatuto profissional. Aprendemos a tomar decisões já desactualizadas e retrógradas. Aprendemos a depender e acreditar, única e exclusivamente, em nós mesmos (mito), quando na realidade passamos a vida a depender de pessoas e coisas. Quando alguém destemido e aventureiro mostra intenção de investigar, explorar novas ideias e caminhos colocam-se rótulos insólitos, como se tratasse de um “vírus” ao status familiar e/ou cultural. Aprendemos a pensar mais naquilo que os outros pensam e dizem (sobre nós mesmos) e como devemos sentir, ao invés de explorar e reinventar as nossas próprias escolhas e Rumos – através do potencial individual e colectivo (humanidade).


Se não existe um ser humano igual ao outro, porque é pensamos e cometemos os mesmos erros, ao longo de gerações? Atribuímos erradamente, os falhanços à herança genética. Parece que fazemos as mesmas decisões moralizadoras, sem outras opções. Utilizando uma metáfora, vivemos dentro de uma “Caixa”, repleta de preconceitos, estereótipos, julgamentos, falsas expectativas e tabus. Dentro da “Caixa - salve-se quem puder”, evoca-se o êxito, para se coroar a incompetência, a injustiça e a arrogância. Afinal não é nada daquilo que aprendemos quando crianças. O mundo dos adultos é uma “Caixa”. Acabamos confusos, desorientados, assustados e isolados (crise social), em alguns casos presos à adicção.

As Mudanças (Menu Criativo)
Existe um fenómeno identificado no pensamento do indivíduo adicto, todavia não é exclusivo dos indivíduos adictos, descrito como pensamento distorcido (raciocínio, lógica adictivo) associado à (des) ilusão, o auto-engano, a auto-decepção na progressão da Adicção. Este raciocínio reforça o agir nos sentimentos e comportamentos associados ao prazer imediato, alteração do humor e nega a realidade da doença (consequências adversas). A obsessão e compulsividade identificadas nos comportamentos adictivos são caracterizadas pela preocupação intensa (fixação) e constante em ideias irracionais que reforçam o sistema do pensamento distorcido (ciclo vicioso adictivo).


Durante a progressão da Adicção (perda do controlo e da incapacidade de interromper o comportamento repetitivo) o indivíduo está exposto às pessoas (família, amigos, e colegas) que reflectem (feedback) a necessidade de mudança derivado às consequências negativas, ex problemas de saúde, financeiros, familiares e profissionais. Em alguns casos, dependendo da gravidade da Adicção (doença), é exigido uma mudança imediata, profunda e consistente. Entretanto, os efeitos negativos da doença reforçam, afectam e limitam essas escolhas, não só no indivíduo mas nas pessoas significativas. Quando se parece preparado para mudar, fica-se paralisado e ambivalente. Fica-se apanhado numa rede. A família fica preocupada porque algo não está bem. Os amigos/as acham estranho e comentam entre si. No trabalho, a performance e o rendimento ficam aquém das competências e isso afecta o relacionamento entre colegas. Sem uma consciência elevada e honesta sobre a Adicção (doença), ficamos limitados nas escolhas, cometem-se os mesmos erros sucessivamente ao longo de meses e anos, acompanhados pela ansiedade e a frustração (medo, raiva, sentimento de culpa e vergonha). Acaba por ser um modo de vida, incompreendido. É urgente fazer adaptações em função do Rumo que escolhemos, independentemente das contrariedades, incluindo aqueles que estão envolvidos directa e/ou indirectamente.

Da Ambivalência à Mudança, um processo dinâmico
A Recuperação dos Comportamentos Adictivos envolve objectivos e mudanças. Mudanças de atitudes e comportamentos que coincidam e sejam coerentes e realistas com valores morais individuais, sociais e espirituais, não religioso sem dogmas e divindades. Essas mudanças podem ser subjectivas (intencionais) e/ou objectivas (concretas), todavia o processo é consistente e gradual. Ninguém muda de um dia para o outro. A experiência adquirida, ao longo do tempo, é aliada à monitorização individual, aprendizagem e à responsabilização (valores morais) permitindo uma estabilidade almejada. O indivíduo é o principal agente de mudança (motivação) valendo-se do potencial complexo ao seu dispor (relacionamentos significativos, ex. mentores, família, profissionais, amigos genuínos). Como já foi referido, a intenção para a mudança activa pode ser bloqueada pelo medo do desconhecido, da ambivalência, do pensamento distorcido, e resguardamo-nos da verdade (realidade), na negação e no isolamento.

Em Recuperação, após o processo destrutivo da Adicção ser diagnosticado, elabora-se um Plano concreto, coerente e o mais honesto possível, de preferência com ajuda de outra (s) pessoa (s). Este plano é o estímulo e o ampliar da motivação em acção, considerado o ponto de partida (A) para a mudança (B). Para onde deseja ir e como se orienta? O apoio e a orientação de recursos são vitais (pessoas e/ou instituições) visto as opções de grupo serem amplas através de pessoas comprometidas e de confiança. “ Duas cabeças pensam melhor do que uma”. Quando estamos confusos e ambivalentes em relação à mudança de comportamentos, podemos ser os nossos piores “conselheiros”. A lucidez de ideias e a consciência encontram-se turvas. Precisamos das competências de orientação.

Para uma Recuperação duradoura é essencial sair fora da Caixa (Menu Criativo)
Recuperar dos comportamentos adictivos consiste em identificar barreiras e ao mesmo tempo, confeccionar escolhas saudáveis com base na Arte de Bem Viver, adquirir competências e conhecimentos suficientemente inovadores e eficazes, sem restrições na expressão e liberdade de escolha. Convém acrescentar que existe a limitação bio-psico-social perante uma doença altamente complexa, seja no diagnóstico, no tratamento e na Recuperação duradoura. Não basta intenção, é preciso compromisso. Em alguns casos a recaída é um sintoma da doença, onde o indivíduo e a família assimilam (informação adicional) a incapacidade de controlar e/ou aceitar a impotência “A necessidade aguça o engenho”.

Ao longo da vida aprendemos o que está certo e o que está errado. Sabemos muito bem. Entretanto, só comprovamos que precisamos de mudar quando questionamos e apercebemos de que aquilo que nos proporcionava prazer ou bem-estar, afinal começa a produzir desconforto, e em última instancia sofrimento. Podem ser substancias, comportamentos e pessoas; são afinal um reforço negativo à motivação para a mudança.

Algumas dicas para ser diferente nas escolhas para a Recuperação Duradoura
  1. Seja inovador. Expresse aquelas ideias que a seu ver são idiotas, “doidas” ou desajustadas. Por vezes são as melhores ideias.
  2. Confie no seu instituto. Esteja atento à percepção visceral.
  3. Se não concorda com alguém, expresse o seu ponto de vista e sugira uma solução alternativa construtiva, trabalhe a Assertividade e seja responsável pelos seus actos.
  4. Evite colocar rótulos ignóbeis e antecipar cenários catastróficos. Viva um dia de cada vez.
  5. Seja criativo e único. Não copie/imite as ideias maravilhosas ou negativas dos outros. Não procure conselhos, siga sugestões. Ninguém é perfeito.
  6. Personalize. Valorize o seu potencial e a espontaneidade. (Re) invente-se e Confie.
  7. Peça a opinião às pessoas que o podem ouvir (disponíveis) e ajudar a expressar aquilo que deseja, mas que não é capaz de o fazer sozinho (aliados), trabalhe na honestidade sobre sentimentos e pensamentos.
  8. Procure Ouvir. Seja um ouvinte activo, assim, consegue reflectir e questionar.
  9. Se identifica um problema na sua vida que não consiga resolver sozinho, peça ajuda. Quando expressamos os nossos problemas com as outras pessoas acontece algo que considero relevante, reflectimos com algum distanciamento sobre os problemas, como se fossemos uma terceira pessoa.
  10. Faça escolhas e aprenda com os erros, isso é liberdade.

Dr. David Sedlack descreve o pensamento adictivo “Incapacidade de o indivíduo fazer decisões saudáveis consistentes no seu próprio interesse. Não é um falhanço moral (fraqueza) na personalidade do indivíduo, mas uma doença da sua vontade e na sua incapacidade de usar essa vontade”. Reforça ainda que este tipo exclusivo de perturbação do pensamento não afecta o raciocínio e o discurso em outras áreas.

[i] Acting Out – Esta expressão é utilizada, nos EUA, desde meados dos anos 90. A tradução em português significa um comportamento específico em que o indivíduo age nos seus sentimentos dolorosos e intensos. Podem reflectir a expressão de sentimentos inconscientes, o indivíduo não expressa verbalmente estas emoções. Segundo o Dr. Geoff Colvin descreve as fases do comportamento Acting Out1. Calma. 2. O indivíduo reage a um estímulo (trigger). 3. Agitação. 4. Escalada de emoções 5. Atinge o pico e (Re)age (comportamento). 6. Desaceleração das emoções desconfortáveis. 7. Recuperação.

publicado por João Alexandre Rodrigues

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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Só Por Hoje - 12.08




Será que para nós bastou? Esta é a pergunta crucial que devemos fazer a nós próprios quando nos preparamos para trabalhar o Primeiro Passo em Narcóticos Anónimos. Não interessa se chegamos ou não a NA com as nossas famílias intactas, as nossas carreiras ainda de pé, e com toda a aparência exterior de estar tudo bem. A única coisa que interessa é se chegámos a um fundo do poço emocional e espiritual que impeça o nosso regresso à adicção activa. Se tivermos chegado a esse ponto, faremos de facto tudo o que for necessário para parar de usar. Quando examinamos a nossa impotência, colocamos algumas perguntas simples. Será que consigo controlar o meu uso de drogas sob qualquer forma? O que é que aconteceu como resultado do meu uso de drogas, que eu não queria que tivesse acontecido? De que forma é que a minha vida está desgovernada? Será que no fundo acredito que sou um adicto? Se as respostas a estas perguntas nos conduzirem a Narcóticos Anónimos, estaremos então prontos para dar o passo seguinte em direcção a uma vida livre da adicção activa. Se na verdade nos bastou, faremos todos os possíveis para recuperar.

sábado, 9 de agosto de 2014

A adicção não é um vírus


A adicção não é um vírus











A recuperação da adicção é um processo para o resto da vida.

Após as noticias recentes sobre o falecimento do ator de Hollywood,  Philipe Seymour Hoffman vítima de overdose de drogas ilícitas, intoxicação que ocorre quando  o individuo consome uma determinada quantidade de droga que os sistemas vitais do organismo são impedidos de funcionar adequadamente,   veio levantar a questão sobre a importância da abstinência, da recuperação da adicção e da recaída. 

Philipe Seymour Hoffman permaneceu abstinente durante 23 anos consecutivos. Se o ator faleceu aos 47 anos, fazendo as contas, parece ter iniciado a recuperação com 24 anos. Iniciar a recuperação com esta idade, por si só é um feito extraordinário, mas por outro lado, revela, desde cedo e ao longo do seu desenvolvimento, um individuo vulnerável (predisposição) aos efeitos e consequências da dependência de substâncias psicoativas, do Sistema Nervoso Central, após duas décadas abstinente, paradoxalmente, recaiu e acabou por morrer de overdose. Não faleceu de cancro ou de doença cardíaca, mas vítima da adicção.

Já em meados de 2013, segundos os media norte americanos, Philipe S. Hoffman deu entrada num centro de tratamento para uma desintoxicação, durante dez dias, depois de ter recaído em heroína. Após ter completado o programa de desintoxicação, aparentemente parece ter voltado a frequentar as reuniões de Alcoólicos Anônimos (AA), note-se, já o fazia desde os 24 anos de idade, até 2014. Uma semana antes de morrer, foi à sua última reunião.

Este incidente, adquiriu um destaque mediático visto Philipe S. Hoffman, ser um ator galardoado com vários prêmios, todavia, gostaria de transpor este caso para o cenário da dependência de drogas, da recuperação e da recaída em Portugal. Existem historias semelhantes de indivíduos adictos, em Portugal, que também permanecem períodos consideráveis abstinentes, em recuperação, mas que acabam, por um conjunto de motivos, reiniciar os consumos de substâncias psicoativas, incluindo o álcool.
Como profissionais, quando nos deparamos com um individuo adicto a substâncias psicoativas, vulgo drogas, devemos considerar a abstinência uma meta prioritária? A minha resposta é sim. Um individuo com um historial significativo de dependência (adicção) precisa de ajuda e recursos, a fim de repensar, sobre o seu estilo de vida e as drogas.

De acordo com a minha experiência profissional, visto ainda não existirem estudos em Portugal sobre o tratamento, a recaída e a recuperação da adicção às drogas, o primeiro ano de abstinência é um período crucial, mas ao mesmo tempo critico para o individuo. A adicção às drogas lícitas, incluindo o álcool, e as ilícitas, interferem e comprometem o funcionamento e o desenvolvimento normal do cérebro – estruturas associadas ao prazer e recompensa, assim como a motivação, a memória e a capacidade de tomar decisões. A adicção, conforme vai evoluindo, gradualmente vai incapacitando o individuo de sentir, pensar (défices cognitivos) e tomar decisões saudáveis, ao mesmo tempo, vai deteriorando os vínculos entre as pessoas significativas; perda do controlo, síndrome da abstinência, problemas familiares e profissionais, tolerância às drogas, impotência associado ao sentimento de culpa e a vergonha, a negação e o estigma. Na perspetiva de um individuo adicto, a abstinência total de drogas é interpretada como uma privação radical, com custos psicológicos e sociais consideráveis, porque as substâncias psicoativas, apesar das consequências negativas funcionam como uma almofada, um amortecedor, um «remédio» e representava um estilo de vida.
Generalizando, o consumo do álcool é encorajado na nossa cultura, somos seres sociais que utilizamos as bebidas alcoólicas com o intuito de «olear» a comunicação. Como profissionais, este tipo de paradigma poderá influenciar a nossa abordagem. Um individuo adicto fica incapaz de adoptar comportamentos saudáveis se consumir drogas, incluindo o álcool. Com muita frequência, escuto este tipo de comentários, entre indivíduos adictos em tratamento das drogas: «Abstinência total? O quê? Nunca mais vou usar drogas? Beber álcool? No verão… ao jantar entre amigos e beber um copo… fumar um charro de vez em quando?»  

Um individuo adicto, mesmo em recuperação por longos períodos, não consegue erradicar das suas memórias as sensações e experiências intensas de bem-estar e alivio que as drogas proporcionaram. Este estilo de vida, centrado nos efeitos das drogas, funcionava como um excelente antidoto de forma a gerir sentimentos desconfortáveis associados ao stress/tensão, ao tédio, à frustração originando uma sensação de despropósito em relação ao rumo da sua vida. A dependência psicológica das substâncias, não desaparece só porque o corpo está livre de drogas – lógica adictiva, exacerbado pelas características da personalidade. Costumo afirmar que viver dependente de drogas é uma ocupação, idêntica ao um emprego, que consome imenso tempo e energia, 24/24 horas, 7 dias por semana e 365 dias por ano. É o assunto mais importante e central na vida do individuo, mais importante até que a própria família, incluindo as crianças, a saúde, a carreira profissional, etc, etc.
Quais são os motivos que levam um individuo abstinente e em recuperação, durante 23 anos, a reiniciar o consumo?


Após vários períodos duradouros em recuperação, alguns indivíduos decidem violar o voto da abstinência. Eis relatos que ouço, nas consultas:
  • “A minha vida está porreira, por isso, comecei a beber bebidas alcoólicas às refeições ou quando saio com amigos à noite. Nada de anormal.”
  • “Comecei a beber álcool, socialmente e tudo corria bem durante alguns anos, até ao dia que voltei a consumir a minha droga de escolha, (nestes casos pode ser heroína ou cocaína) e rapidamente a compulsão tomou conta de mim. Ao fim de umas semanas já estava outra vez agarrado às drogas.»
  • “Estive abstinente, durante 18 anos, a minha vida estava ótima, mas um dia, a relação com o meu marido acabou e decidi divorciar-me. Senti-me desesperada e sozinha com dois filhos nos braços. Perdi o sentido da minha vida, despertei para uma realidade que não estava preparada e a única solução foi reiniciar o consumo de drogas. Apesar de estar abstinente tanto tempo, soube onde me dirigir para comprar drogas, como consumir e decidi ocultar esta situação da minha família e no trabalho. Mais tarde, quando descobriram que andava a consumir drogas e álcool, foi uma tragédia…foi uma grande desilusão tão grande que nem consigo descrever.”
  • “Estive abstinente de drogas, durante 14 anos, adorava o meu trabalho, tinha uma excelente carreira profissional, um bom ordenado e era feliz. Um dia, de repente, fui despedido e fiquei no desemprego. Perdi qualidade de vida e senti-me injustiçado. Andei uma semana, cheio de pena de mim próprio, fiquei deprimido, não conseguia suportar a minha cabeça e estar com a família e amigos. Dormia até há hora do almoço e gerou-se, dentro de mim, uma sensação de inutilidade e impotência insuportável. Um dia, não sei explicar como, decidi começar a beber bebidas alcoólicas, e uns meses depois reiniciei o consumo nas drogas.”
  • “Estive abstinente de drogas, incluindo o álcool, durante 20 anos, criei uma empresa e um projecto de vida. Era um sonho tornado realidade, depois do inferno que passei com a adicção às drogas. Decidi reconstruir a minha dignidade e a auto estima. As pessoas de família começaram a acreditar em mim, inclusive o meu pai, ajudou-me financeiramente para avançar com o meu projecto profissional. Depois de iniciar a empresa, não pensava noutra coisa, que consistia em obter reconhecimento e a concretização de um sonho de infância. Passados 18 anos, trabalhava 12 a 14 horas, não dormia, andava ansioso e sempre em stress, só pensava em ganhar dinheiro. Sabia que para ter sucesso precisava de produzir, ganhar mais dinheiro, manter o estatuto e dar o meu melhor. Vivia única e exclusivamente para o trabalho. Um dia, fui parar, às urgências do hospital, deprimido e com ataques de pânico. Este episódio, veio alertar-me para a minha incapacidade, de gerir o negócio e ganhar mais dinheiro, sabia como atenuar a angustia, a depressão e a ansiedade. Reiniciei o consumo de bebidas alcoólicas, e passados 2 anos o consumo de cocaína, socialmente com amigos para me divertir e descomprimir, mais tarde, a heroína e os ansiolíticos.”
Para terminar, os indivíduos com um historial significativo de dependência (adicção) de substâncias psicoativas, do Sistema Nervoso Central, lícitas incluindo o álcool e medicação prescrita pelo médico (do grupo das benzodiazepinas – por exemplo, os ansiolíticos) e as ilícitas devem considerar a abstinência uma regra. Tal como referi, estes indivíduos adictos desenvolveram uma predisposição, uma vulnerabilidade física e psicológica, ao contacto com drogas, que os colocam em risco de reiniciarem a adicção ativa, que pode ser despoletada a qualquer altura, evento adverso, dor intensa, doença, etc, independentemente das suas vontades. Isto é, enquanto permanecerem abstinentes, a adicção permanece controlada; refiro-me á compulsão e à obsessão associado às drogas - ao prazer. De notar que, quando afirmo abstinência, refiro-me à «auto medicação», porque existem excepções, indivíduos adictos, em recuperação precisam de medicação, e acima de tudo, acompanhamento profissional digno. Ao contrário, daquilo que algumas tendências e tradições desfuncionais da nossa cultura teimam em reforçar, é possível ter uma vida plena abstinente, sem drogas lícitas, incluindo o álcool, e as drogas ilícitas.

São necessários estudos inovadores, não me refiro somente às causas, aos sintomas da dependência das drogas, incluindo o álcool, mas aquelas pessoas, adictos e adictas, que após um historial de adicção ativa, permanecem longos períodos em recuperação. Paralelamente, precisamos de contrariar o estigma, a negação e a vergonha. Ainda ouço, com frequência pessoas, e alguns profissionais, a afirmarem que os indivíduos em recuperação duradoura, são «ex drogados» ou «ex toxicodependentes». Quando não compreendemos determinados atitudes e comportamentos dos outros, a nossa tendência é para criticar, e em casos de ignorância, dizer mal. É necessário retirar os rótulos, desmistificar e corrigir certos paradigmas desfuncionais e profissionais desatualizados, revelarmos mais humildade e reconhecimento alheio, pensarmos «fora da caixa», a fim de compreendermos melhor quais são as competências e os recursos, que dotam estas pessoas fantásticas e resilientes perante o apelo (perpétuo) dos efeitos das drogas lícitas e/ou ilícitas. Eles e elas não estão imunes ou curados, porque a adicção não é um vírus, pelo contrário, investem na prevenção da recaída e consideram que a recuperação acrescenta significado e propósito ao rumo das suas vidas. Para todo o efeito, também são uma referência para a família, para comunidade e a sociedade, incluindo profissionais. Eles andam aí à espera que de serem chamados a participar no tratamento, na recuperação e na prevenção da recaída. Recuperar é que está a dar contra o estigma, a negação e a vergonha.

Philipe S. Hoffman, R.I.P. e as minhas condolências para a família. 

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